Crise, desespero?
Quem de nós não teve momentos de desesperança? É importante que saibamos que todos nós, na vida profissional ou na vida pessoal, temos momentos que a desesperança chega, bate na nossa porta e domina nossa mente.
Nestes momentos, que são muitos durante a vida toda, parece que não temos mais saída: o relacionamento que está acabando e não sabemos por que, contas que se acumulam, salário que não aumenta, banco que liga, família que reclama, clientes que não pagam, fornecedores que não entregam, estamos desmotivados, enorme carga tributária, juros estratosféricos, o seu time que não ganha. . .
Situações de falta de esperança profissional e pessoal. São situações duras, reais, concretas.
Estamos sem força e motivação para continuar lutando, não encontramos as razões para prosseguir e sem coragem para reagir ficamos descrentes. Só enxergamos sombras e ameaças, como se todos e tudo está contra nós e que erramos em tudo o que fizemos das decisões profissionais as escolhas pessoais.
Pare para pensar e tenha calma. Com calma, muita sabedoria e muita paciência vamos perceber que chegou a HORA DE MUDAR. Sua real e até justa desesperança não pode destruir tudo que já conseguimos até aqui, tanto na vida profissional, como na vida pessoal.
Quando estamos em crise (é importante saber que todos temos nossos momentos ruins), o mais importante é a calma, a análise fria, a busca de soluções que ainda possam existir. Para enfrentar uma crise, é preciso ser capaz de mudar nossa forma de pensar e agir, muitas vezes fazendo opções nada fáceis e agradáveis, mas necessárias.
Vejo relacionamentos desfeitos em função de uma crise que, se enfrentada de maneira correta, poderiam ser salvos. Vejo decisões empresariais tomadas no desespero de uma crise que anulam anos de sucesso. Nada é pior que arrependimento e sentimento de culpa por decisões tomadas em momentos de desespero, muito piores que as sensações de abandono e desespero que tínhamos durante a crise.
Na vida profissional lembre-se que estamos vivendo num país em desenvolvimento e como que todo desenvolvimento (como na adolescência) gera crises de crescimento. Lembra quando estava na adolescência como “doía os ossos”? Era o crescimento, não era isso que diziam? Atualmente os mercado mudam com uma rapidez que nem sempre conseguimos compreender, mas onde existe uma situação extremamente negativa pode transformar-se em positiva em questão de meses. Já acumulamos experiências que outros povos não. Lembro-me que quando adolescente me falavam que os europeus sabiam uma serie de coisas por que tinham saído de uma guerra. Agora parece que é nossa vez. Já tivemos nossa poupança confiscada, já tivemos 80% de inflação ao mês, Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Real, já tivemos situações muito piores e as enfrentamos. Quem tomou decisões desesperadas, frente àqueles cenários pode ter se arrependido.
Na vida pessoal é semelhante. A tecnologia que nos traz tantas informações e oportunidades traz também novos hábitos, novas vontades, novas relações. Hoje o homem não é mais o provedor da relação e o centro do universo feminino, mas ainda não se deu conta disso. As relações mudaram e é preciso entender essa nova realidade.
Pense nisso tudo. Tenha calma e enfrente com fé e inteligência as crises pelas quais você possa estar passando. Elas vão passar se você enfrentá-las buscando a ajuda certa, das pessoas certas, com humildade e, novamente, com fé.
É HORA DE MUDAR.