Vemos muitas novidades surgindo, os personagens que as trouxeram e ficamos comentando e analisando como conseguiram. Este ano temos até um filme concorrendo ao Oscar cujo assunto é inovação. Trata-se do filme que fala da criação do Facebook.
Estar ao serviço da inovação é, certamente, uma tarefa tão nobre quanto espinhosa.
Nobre por que são as novas propostas que respondem pela transformação dos recursos, da sociedade, da realidade e até do ritmo de nosso dia a dia.
Porém não é fácil “bolar”, conceber, nem convencer o mundo de que algo de que nunca se ouviu falar a respeito, possa ser importante, fundamental mesmo às necessidades ou aspirações humanas e a partir do instante que a nova idéia é apresentada.
Só consegue levar adiante uma idéia, um novo modo de ver as coisas, um projeto de vida quem realmente acredita nela e se entrega totalmente. Saber tudo pode ser gratificante e todos podem ter com um pouco de esforço, mas a capacidade de colocar uma inovação em “pé” uma nova idéia poucos tem somente os líderes. Em todas as inovações há um traço em comum: a presença de um líder.
Uma das doenças modernas a ansiedade, vem da obrigação diária que temos de fazer escolhas, conseguimos ver todas as opções, mas é difícil saber qual a melhor.
Viver é fazer escolhas. Toda escolha trás consigo muitas renúncias. Quando escolhemos algo sempre estaremos abrindo mão de muitas outras coisas.
Isso se dá na vida amorosa, na carreira, nos investimentos, nas amizades, na comida que vamos escolher no cardápio e assim por diante.
Liderar também é uma escolha, e ao fazermos essa opção abrimos mão do conforto de não liderar, apenas seguir. Quem opta por liderar, opta por ter que decidir e para isso tem que praticar o exercício do planejamento, da previsão que nada mais é que tentar saber quais os caminhos que podem levar ao objetivo desejado. Ele sempre terá que optar por aquilo que é o melhor e o difícil é saber qual é esse melhor.
Sem um planejamento, sem informações o pretenso líder vai ter que decidir por adivinhação, mas seus liderados confiam e vão segui-lo cegamente e, portanto adivinhação não adianta. O que adianta é ter o máximo de informações disponíveis, capacidade de analisar e processar essas informações, ter discernimento para enxergar todas as opções, habilidade para separar as melhores e, finalmente, coragem para decidir.
Sabemos que essas informações muitas vezes são “apenas” evidências, mas elas são extremamente importantes. O líder percebe essas evidências por meio de seus filtros psicológicos, suas crenças e desejos. Ao líder, portanto não adianta ter boas informações se não souber o que deseja que preço está disposto a pagar (aqui não me refiro somente ao valor monetário), qual o conjunto de valores e assim por diante.
Você pode ter a informação que o mercado para cantores líricos é muito reduzido e restrito. Isto é uma informação, mas se esse é seu grande sonho e você acredita em seu potencial a restrição de mercado é totalmente relativa, pois para os grandes talentos, os espaços sempre se abrem. É como uma lei física, você ocupa o espaço de alguém ou amplia esse mercado.
Quem lidera enfim tem que estar atento a percepções do seu ambiente. Ao não se preocupar com isso acaba não liderando. Liderar não é ter o nome de líder dado por alguém, liderar é manter-se alerta e estar a toda hora fazendo escolhas, planejando, “percebendo” e decidindo o caminho a seguir.
Para que sejamos felizes temos a cada escolha feita colocar um ponto final nas alternativas abandonadas. Ficar lastimando as alternativas abandonadas não vai ajudar em nada e ainda vai criar um clima de perda que pode aumentar a ansiedade.
Se quiser ser líder, então lidere afinal foi uma escolha sua.
Como é duro fazer escolhas. Cheguei a conclusão que prefiro seguir a liderar. É uma escolha. Sou feliz assim, parei de me cobrar. Gostei belo texto, me vi nele. Bjs
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