Por que está cada vez mais rara a conversa construtiva? Por que conversar somente com quem pensa a mesma coisa de nós, é do mesmo grupinho?
Precisamos reconquistar a capacidade de ter conversas construtivas, que revelam afinidades, que nos ajude a crescer nas diferenças, que gere conforto e crie relações confiáveis mesmo nas diferenças.
Somos considerados pelos estrangeiros um povo simpático, generoso e sempre disposto a ajudar, o que aconteceu?
Para mim, entre outros motivos, foi que a maioria perdeu a capacidade de ter empatia. Empatia é se identificar com outra pessoa, se colocar no lugar dela para tentar entende-la.
Reduzimos nossa capacidade de conversar e se conversamos mal, desmotivamos equipes, afastamos amigos, perdemos oportunidades de negócios e o pior nos damos mal em nossos relacionamentos afetivos.
Por que um simples conjunto de palavras “Precisamos ter uma conversa” acelera o coração e nos faz tremer quando o parceiro ou o chefe pronunciam essa frase fatal?
Como na maioria das vezes essa conversa vem carregada de cobranças, broncas, julgamentos, preconceitos, lições de moral ou ainda no rompimento de uma relação acabou cerceando a conversa construtiva.
A conversa construtiva que esclarece pontos de vista, firma parcerias confiáveis, revela afinidades, elimina dúvidas no relacionamento tornou-se cada vez mais rara. Poucos muito poucos estão a fim de ouvir, estão mais preocupados em contestar a opinião do interlocutor, expor argumentos e defender seus pontos de vista.
Para conversar melhor tem algumas regrinhas básicas que todo mundo devia seguir começando com baixar a guarda e deixar quem chamou colocar totalmente seu ponto de vista.
Vamos coloque o celular do lado, essa não hora de ser multitarefa, ou será que não está se escondendo atrás do bendito aparelho. É importante que você esteja totalmente presente.
Se vão de negócios ou de uma relação afetiva se mantenha no contexto. Não corte o assunto com algo que gostaria de fazer, mas que não se encaixa no momento.
Não se faça de “sabe tudo”. Se não sabe diga que não sabe, sua sinceridade vai te valorizar e não te depreciar.
Seja direto, não fique entrando em detalhes. Nessa hora as pessoas estão interessadas só naquele assunto em discussão e não em detalhes, datas, nomes, locais que só desviam o assunto e não levam a lugar nenhum.
Sempre podemos aprender algo com o outro. Não dê sermão e nem lição. Aprenda a se expressar aceitando contestação, pode se surpreender.
Nada irrita mais numa DR quando a outra pessoa se torna repetitivo. Se você precisa repetir demais, pense bem, sua ideia não está clara.
Seja direto e breve. Não enrole, pois isso só piora, a outra pessoa percebe e acaba se irritando mais ainda.
Quando estiver perguntando, faça perguntas abertas que permita a outra pessoa pensar no assunto e dizer o que pensa a respeito e o que sobre o assunto. Quando você faz uma pergunta que já contem a resposta você acaba inibindo seu interlocutor e o pior, não fica sabendo o que a outra pessoa pensa a respeito.
Nunca faça comparações, evitando colocar suas experiências em confronto com quem te ouve. Este não é o melhor momento para mostrar quanto é “bom” ou quanto já sofreu.
O melhor é saber ouvir. Pode ser até ser difícil, mas deve dar toda atenção a quem está falando. O que estraga uma DR é os dois falarem, pois temos a sensação de quem falar mais está no controle, está ganhando a discussão. Ledo engano.
Assim se quer conquistar a pessoa amada, se desenvolver profissionalmente ou criar um clima de harmonia familiar, use essas dicas. Mas tem que praticar e exercitar a empatia.
Uma boa conversa conserta tudo, então por que jogar fora essa oportunidade?