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Entrega – Alicerce de uma relação

Oi Eduardo

Achei maravilhoso esse texto. Realmente é assim, não sei quem foi autor, mas é legal para colocar no seu blog.

 ABS

Recebi o texto e fui lê-lo, e depois de algumas leituras resolvi fazer uma releitura do tema proposto. O assunto é: O que a mulher realmente quer de uma relação?.

Muitas vezes nessa longa vida fui procurado por jovens que vinham me falar, ou seria pedir uma opinião, se deviam ou não casar.

Sempre respondia com 2 (duas) perguntas:

  1. Você gosta dele (a)?
  2. Você vai casar para ser feliz?

Invariavelmente a resposta para as duas questões era um SIM com uma expressão de satisfação estampada no rosto.

Eu então filosofava tentando demonstrar que só isso não basta para manter uma relação.

Como assim?

Assim, quando se entra numa relação para ser feliz, esquecemos do principal que é na realidade fazermos a outra pessoa feliz.

É preciso ter uma boa dose de entrega. As mulheres querem numa relação amorosa romance, surpresa, proteção, confiança, cumplicidade, mas sobretudo entrega.

Pense, mas pense muito, está pronto (a) e preparado para ter essas condições de entrega?

De nada adianta desejo e amor, uma relação não se sustenta se não houver entrega.

Por que?

Se o casal se gosta tanto, se sentem muita atração um pelo outro, o que os impede de ter uma relação divertida, estável e sem neuras?

Simples, os dois tem que ter a capacidade de se entregar ao outro. Se não houver essa condição de entrega de ambos a relação não existe é apenas uma tentativa, um desejo, uma fantasia ou mesmo uma insistência.

E não é apenas um ter essa condição de entrega é preciso os dois. Entrega vai muito além de confiança. Você tem certeza que ela (e) é honesta, falou a verdade que ía jogar sinuca ou estudar para fazer o trabalho da Pós, que ela (e) chegará na hora combinada, porém isso não é tudo.

Numa relação em que a entrega prevalece não há ganhadores e nem perdedores.

A condição de entrega se dá quando não há competitividade, quando o casal numa conversa não tem a disputa para se ter a razão sobre o outro, pois ambos  jogam no mesmo time, ou melhor ainda, estão no mesmo barco tirando água para que ele não afunde.

Quando se joga no mesmo time os estilos podem ser diferentes, um é mais emoção o outro mais razão, um extrovertido o outro mais fechado, um mais rápido nas decisões outro mais lento, mas essas posições opostas servem para dar força ao conjunto e ambos sempre vestem a mesma camisa.

Nada de julgamentos e preconceitos que acabam afastando ou inibindo as conversas. É saber que nunca as palavras ditas serão usadas contra você.

Numa relação de entrega os dois não precisam torcer para um mesmo time de futebol, partido político ou a mesma religião. Mesmo não concordando com suas ideias jamais um desconfiará da integridade do outro, não depreciará sua conduta ou rirá de uma situação que de engraçado para você não tem nada.

Assim, pode pensar o que realmente pensa e não fingir o que pensa, nem precisa fingir o que sente se na realidade não sente.

Quando não há condição de entrega, a relação pode-se arrastar, prolongar, e tentar um amor pra sempre. Mas será que você estava mesmo nessa relação?

Claro que a condição de entrega não é uma garantia que relação durará para sempre, mas se acabar vai ser porque o desejo definhou, o amor virou amizade, os sonhos se distanciaram, mas enquanto juntos, houve entrega, e ninguém se culpará de não ter se entregue totalmente.

Quando isso acontece prevalece a máxima de Vinicius de Moraes: “que seja infinito enquanto dure”

Soneto de Fidelidade – Vinicius de Moraes

 

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Eduardo Augusto dos Santos

Paulistano do bairro da Indepedência (Ipiranga-São Paulo), que apesar de manter fortes vínculos com suas origens e convicções sempre foi um apaixonado pelas mudanças como forma de evoluir e crescer como ser humano, daí HORA DE MUDAR.

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  • Belíssima reflexão e concordo plenamente com o que exposto aqui! As pessoas confunde a questão do relacionamento com se tornarem um só: tem que ter os mesmos gostos, as mesmas opiniões. Credo! Legal é relacionar com alguem diferente de voce, com pontos de vistas diferentes e que complementam os seus! Preservar a individualidade é o segredo dos relacionamentos bem sucedidos!

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Eduardo Augusto dos Santos

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