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Melhor idade? Por que?

Melhor idade, por quê?

Pense comigo como era a vida nos anos 1.000. As pessoas não conheciam uns aos outros e a vida de qualquer ser humano era selvagem, desagradável e curta.

Extremamente curta.

A expectativa de vida não ultrapassava em média 24 anos, nunca mais que 30 anos, e o ser humano focava todas suas preocupações em sobreviver.

Do ano 1.000 até o ano de 1.800 praticamente nada mudou, ou pouco mudou. A partir dai a população mundial multiplicou-se por 22 vezes tudo graças à criação das economias globais e o intenso desenvolvimento tecnológico.

Foi também a partir de 1.800 que os indicadores de bem-estar e da saúde das populações melhoraram e a esperança de vida se prolongou principalmente na Europa Ocidental, quando os investimentos se voltaram para as ciências experimentais.

Se hoje se pode esperar viver até aos 76,2 anos no Brasil e 85 anos no Japão (em média) no ano 1.000 dificilmente se passaria dos 24 anos e um terço dos recém-nascidos morreriam no seu primeiro ano de vida e mais uma grande parte dos sobreviventes sucumbiria às doenças, pestes, fomes e epidemias.

O principal motivo do aumento da população registrada a partir dos últimos 200 anos foi à diminuição da mortalidade e nem tanto o aumento da fertilidade, com os governos ocidentais se preocupando com a defesa das suas populações em face de todo o tipo de pragas, pestes e epidemias.

A descoberta de novos modos de cultivo das terras permitiu um substancial aumento da produção de alimentos para alimentar uma população cada vez maior.

É importante que tenhamos consciência que estamos sendo protagonistas de uma das maiores mudanças do comportamento humano de todos os tempos?

Se hoje vivemos mais, temos que entender que é nessa época da vida que vamos ser apresentados a doenças e males que quando jovens nunca tinham aparecido, mas chegamos com uma nova visão de mundo, com uma postura renovada.

Como chama-los de idosos pode entristecê-los, ou desanimá-los de uma forma indescritível e aí surgiu uma nova nomenclatura: “a melhor idade”.

Mas que melhor idade é essa?

De fato é o melhor período da vida do homem em geral?

Ou é só um termo para ser mais agradável de como tratar aqueles que muito viveram e contribuíram e estão entre nós para contar a vivência de seus muitos anos de vida?

O que se sabe e pode-se afirmar dessa etapa da vida é que é diferente de todas outras pelas quais a pessoa já passou em sua vida.

É nessa fase que se pode (re) descobrir o mundo ao redor e o momento de aproveitar sem se preocupar com o tempo que ainda resta.

O que realmente importa é como a pessoa está e com que espirito vai encarar essa sua nova fase, se vai aproveitar de forma intensa ou mais pacata. Cada um tem uma escolha e essa escolha é que será a verdade em torno da melhor idade de sua vida.

Estamos vendo as primeiras gerações “ageless” (sem idade, em inglês) sabiam? Isso quer dizer que não são velhos, mas não são jovens, são “ageless”.  Olha que coisa chique.

Hoje quem tem 50 anos são os novos 30. Os com 60 anos são os novos 40 e assim por diante.

Precisamos entender que hoje só envelhece quem não tem vontade de viver, não tem sonhos a realizar, quem não faz plano e que deixa de amar.

Velhice é interna, é espiritual, então se a sua cabeça é velha amiga (o), ai não tem jeito.

Afinal, idade é uma questão de como olhamos.

Para os pais e principalmente mães somos sempre novos, para as crianças somos velhos e para nós mesmo ainda não nos consideramos velhos por que temos muita coisa a realizar ainda, muita lenha pra queimar.

Velho, eu?

Velho é a vovozinha! Eu sou AGELESS.

Eduardo Augusto dos Santos

Paulistano do bairro da Indepedência (Ipiranga-São Paulo), que apesar de manter fortes vínculos com suas origens e convicções sempre foi um apaixonado pelas mudanças como forma de evoluir e crescer como ser humano, daí HORA DE MUDAR.

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Eduardo Augusto dos Santos

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