Hora de Mudar

Reflexões na França (1998)

Estou em Paris para assistir a Copa do Mundo de Futebol de 1998. Durante uma partida e outra sobra muito tempo para conhecer a Europa e fazer muitas reflexões.

 

Parece muito claro que o mundo está mudando. A globalização é uma realidade e dois significados.

 

No lado da oferta de produtos e serviços veremos cada vez mais companhias que concorrerão em todos os mercados. Acabam as fronteiras e diferenças entre povos.

 

Com a liberação geral que ocorre no mundo as empresas de visão se concentrarão em produtos ou nichos de mercado, contratando com terceiros o fornecimento de materiais e serviços que poderão ser obtidos em melhores condições fora da empresa e formarão alianças que ultrapassem as fronteiras nacionais.

 

Este quadro apresenta grandes oportunidades e ameaças.

 

Para nós creio podermos ver como oportunidade a prestação de serviços a essas organizações e ameaças e que não sei se conseguiremos acompanhar os investimentos necessários a essa corrida.

 

Me parece um jogo mais apropriado a quem já está jogando.

 

O outro lado da globalização é pelo lado da demanda que sugere o aumento do número de estilos globais e maiores expectativas a respeito de qualidade, serviço e valor.

 

É aqui que vejo um nicho de oportunidades. Tomando como raciocínio o Magazzino (um projeto de uma loja sofisticada de comidas para momentos especiais) poderíamos dizer que é um simples mercadinho.

 

A ascensão de toda uma classe social a uma vida global, no entanto, faz com que ele possa ser um cadinho de oportunidades.

 

Hoje viaja ao exterior mais de 1.500.000 de pessoas todo ano, sendo que 70% são da região sudeste. Essas pessoas estão adquirindo novos hábitos e principalmente a necessidade de novos serviços.

 

“Porque não vendermos os produtos dos países visitados?” Mas isso já é feito. Certo. Porém porque não criar um curso sobre vinhos, queijos, comida japonesa, fondue, etc..

 

Porque não realizar seções de degustação?

Porque não montar festas típicas?

Porque não atender o cliente pelo nome quando ele entra loja?

Porque não vender frios como se vende pizza?

 

Se aliarmos a esse conceito toda a tecnologia disponível podemos ter produtos próprios, franquia e sermos distribuidores, vendedores de muitos produtos.

 

Porque não aproveitar? A idéia do Magazzino  pode ser substituída pôr inúmeros outros setores. Hoje a concorrência não é mais necessáriamente a empresa que faz ou vende exatamente o que fazemos mas sim o mercado num todo. Melhor explicando, se temos atendimento ágil numa lanchonete queremos ter esse mesmo atendimento numa loja de sapato. O mercado ficou mais complexo.

 

Assim só as empresas ágeis em se transformar e criativas sobreviverão.

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