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Praça da Sé – São Paulo

Antes e depois

Tenho me ausentado do blog por estar com problema de visão o que torna difícil usar o computador para escrever, mas desde que recebi uma imagem da limpeza efetuada na praça por esta nova administração municipal (João Dória) resolvi pesquisar e contar a história desse marco da cidade de São Paulo.

Quando criança (entre 5 e 10 anos) morei a 150 metros da Praça da Sé e a conheci muito bem. Era uma época que eu tomava um bonde atrás da Catedral para ir e voltar sozinho para escola no bairro de Ipiranga a 6 km dali sem maiores problemas.

Vi e ouvia as histórias da construção e a reinauguração em 1954 da Catedral Metropolitana de São Paulo e a visitei várias vezes, mas sempre como católico e nunca como visitante/turista e me lembro até hoje da imponência do seu interior.

Nunca vou me esquecer de que durante a Copa do Mundo de 1958 a multidão lá se reunia, para assistir a transmissão radiofônica olhando painéis gigantes com lâmpadas que se acendiam para indicar a posição dos jogadores no campo de futebol, hoje isso pode parecer ridículo, mas na época empolgava.

Atualmente quando viajamos ao exterior faz parte do roteiro irmos visitar praças e igrejas e admira-las. Quando vi a reportagem me consultei: “quantas pessoas que moram na cidade de São Paulo e/ou que a visitam conhecem esse importante ponto turístico que a cidade tem?”. Poucos, muito poucos.

Pesquisando na internet e pinçando uma coisa aqui outra ali fiz um pequeno resumo da história da Praça da Sé que é parte da nossa própria história (os dados e fotos foram obtidos todos na internet).

Praça da Sé – São Paulo

Localizada no coração de São Paulo originalmente conhecido como “Largo da Sé”, a Praça da Sé, com 47.000 m2, é o centro geográfico da cidade e é partir dele que são medidas as distâncias das rodovias paulistas, dos quatro estados das fronteiras, assim como a numeração das vias públicas da cidade.

No local está o Marco Zero, um pequeno monumento de mármore em forma hexagonal, construído em 1934 que traz um mapa das estradas que partem de São Paulo com destino a outros estados.

­­­­­­­Tudo começou entre 1588 a 1591 quando o cacique Tibiriçá escolheu o terreno onde se ergueria o primeiro templo da cidade, construído em taipa de pilão (parede feita de barro e palha socados, estruturados em toras) e a praça era então chamada de “Largo da Sé” e seu desenvolvimento ocorreu através da construção da Igreja Matriz e de várias edificações em seu entorno

Em 1745, a “velha Sé”, como era chamada, foi elevada à categoria de catedral. Por isso, neste mesmo ano, iniciou-se a edificação da segunda matriz da Sé, no mesmo local da anterior. Ao lado dela, em meados do século XVIII, levantou-se a Igreja de São Pedro da Pedra.

Em 1911, os dois templos foram demolidos para dar espaço ao alargamento da Praça da Sé e finalmente à versão atual da Catedral.

Foi em 1913 que se iniciou a construção da Catedral Metropolitana de São Paulo como é hoje, elaborada pelo alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica, no estilo neogótico, até hoje a maior igreja de São Paulo, com 92 metros de altura.

A catedral possui ainda uma cripta aberta à visitação, inaugurada em 1919. Com trinta câmaras mortuárias, mantém, até os dias atuais, os sarcófagos dos bispos e arcebispos, além de guardar os restos mortais do cacique Tibiriçá, o primeiro cidadão de Piratininga, e do padre Feijó, Regente do Império.

A nova e atual Catedral Metropolitana de São Paulo foi inaugurada em 25 de janeiro de 1954, na comemoração do 4º Centenário da Cidade de São Paulo, ainda sem as duas torres principais.

Sendo um dos cinco maiores templos neogóticos do mundo, a Catedral da Sé, foi reaberta em 2002, após três anos de reformas e voltou a oferecer missas diárias. Além disso, agora há visitas monitoradas durante toda a semana.

Símbolo maior e mais tradicional do Centro Histórico da cidade, a Praça da Sé é uma referência da capital paulista e nela ocorreram eventos que mudaram a história do Brasil.

O exemplo mais recente de manifestação que ocorreu na região foi o “Diretas Já”, movimento civil que reivindicava eleições presidenciais diretas no País e ocorreu entre os anos de 1983 e 1984, já no final da Regime Militar.

Durante a década de 70, uma equipe de profissionais da Prefeitura de São Paulo, sob liderança de José Eduardo de Assis Lefèvre, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), realizou um projeto paisagístico que se reflete na Praça da Sé até hoje.

Isso ocorreu devido às obras do Metrô de São Paulo naquela região. Houve a necessidade da demolição de todo o quarteirão e a paisagística teve que ser repensada e prédios famosos como o Edifício Mendes Caldeira e o Palacete Santa Helena entre outros.

Influenciados por projetos realizados na Costa Oeste dos Estados Unidos, encabeçados pelo paisagista Lawrence Halprin, a equipe de arquitetos utilizou, na reforma da Praça da Sé, conceitos como volumes prismáticos de terra, espelhos d’água, jogo de patamares, entre outros. Tais elementos surgem de forma integral no projeto da praça.

No ano de 2006, a praça sofreu uma reforma quase completa e foi entregue na data de aniversário da cidade, 25 de janeiro pelo prefeito da época (Gilberto Kassab). As principais características desta reforma foram à colocação de passarelas sobre os espelhos d’água, aumento da integração entre os passantes e as esculturas locais e reforma dos canteiros e das caixas de terra.

Na praça ainda é possível avistar as estátuas de Padre José de Anchieta fundador de São Paulo e “Apóstolo do Brasil” e de Paulo, apóstolo de Jesus e santo que dá nome da cidade, as imponentes Palmeiras Imperiais, além de diversas obras de artistas plásticos como “Os Pássaros”, de Felícia Leiner; “Diálogo”, de Franz Weissmann; e “Espaço Cósmico”, de Yutaka Toyota, espalhadas pelo espaço todo.

 

Eduardo Augusto dos Santos

Paulistano do bairro da Indepedência (Ipiranga-São Paulo), que apesar de manter fortes vínculos com suas origens e convicções sempre foi um apaixonado pelas mudanças como forma de evoluir e crescer como ser humano, daí HORA DE MUDAR.

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