Não sabe o que é isso?
Pois é, eu também não sabia. Uma notícia nesta semana me chamou atenção: uma médica espanhola descreveu na publicação médica “The Lancet” o primeiro caso do que chamou de WhatsAppitis – dor na região do pulso e tendinite no dedão que foi causado pelo uso intenso do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp.
O texto não informa se a paciente melhorou, mas alerta que a tenossinovite (inflamação da bolsa sinuvial que contorna o tendão, especialmente dos dedos) causada pelo uso de telefones celulares pode ser um problema em ascensão.
Mas talvez essa nova doença não seja a pior consequência. Nesta era da informação estamos todos perdendo o foco e entramos na era da distração e isso é muito grave.
Com o excesso de informação disponível que o acesso fácil às redes sociais, celulares, ipads tudo nos distrai, desviando nossos pensamentos para longe do que estamos fazendo, devemos fazer e principalmente viver.
Não conseguimos ter foco!
Somos bombardeados por fotos, vídeos, mensagens instantâneas, de uma notícia para outra, de um vídeo para outro e quando vemos o dia acabou, deixamos de fazer muitas coisas que deveríamos fazer. O que não percebemos é que com isso deixamos alguém esperando uma resposta, deixamos de dar atenção a quem devíamos, cometemos muitos erros pela falta de atenção e concentração.
Será que deixar de ler o que tem de novo no Facebook é mais importante do que a tarefa que temos obrigação de fazer com perfeição?
Conheço gente que não consegue passar mais de alguns minutos sem checar sua caixa de mensagens, suas páginas nas redes… e vivem num mundo da mais alta distração.
Por que viajar o tempo todo, o dia todo com nossos pensamentos para lugares distantes e nem sempre de acordo com o que pensamos?
Por que não se concentrar e dar atenção ao momento presente?
Precisamos reaprender a ter atenção, a ter concentração, a ter foco.
Hoje em dia jovens e adultos estão viciados nessa nova “droga”. São prisioneiros das redes sociais, da velocidade da informação e passam o tempo todo curtindo, compartilhando, blogando, postando, tuitando, etc., o que estão fazendo, mas não vivem o momento e nem estão realmente presentes onde estão fisicamente.
É realmente estranho sentar num barzinho e ver um grupo de jovens todos com seus smartphones na mão conversando e se comunicando com pessoas que não estão na sua frente.
Vejo ainda almoços de família em que todos se voltam para seus celulares e se despedem sem praticamente conversar.
Nas empresas as pessoas estão perdendo a capacidade de se dirigir ao outro e falar. Muitos problemas poderiam ser resolvidos com uma simples troca de opinião verbal, ao vivo, frente a frente em vez de dezenas de mensagens que entulham caixas postais que geram desinformação.
Estamos perdendo a capacidade de conversar, olhando nos olhos, rindo das expressões e dos movimentos de mãos. Precisamos retomar o hábito da conversa prestando atenção nas pessoas, no que estão fazendo e com quem estamos conversando.
Que tal fazer uma reflexão sobre o assunto e ver que é HORA DE MUDAR?
Vamos viver a vida, vivê-la com intensidade e foco.
Vamos viver o momento, deixarmos de viver a vida dos outros, de sermos repórter da nossa vida e voltarmos a ser o protagonista.
Adorei a sua reflexão e não poderia concordar mais. Já escrevi sobre isso, inclusive. A internet ao invés de aproximar quem está longe está afastando quem está perto. E falo por experiência própria, pois eu mesma tinha perfil em diversas redes sociais, ficava sempre ao telefone… Hoje em dia priorizo o momento, deixo mais o telefone em casa. Esse “boom” de informações que recebemos diariamente só gera ansiedade, não conseguimos nos concentrar na leitura…
Espero que a nossa juventude comece a repensar sobre essa situação!
Abraço!